Em 2025, na RAA, teremos um aumento do rácio da divida sobre o PIB.

De acordo com o comunicado do GRA de 12 maio, nomeadamente o seu ponto 4,“O Conselho do Governo aprovou a Resolução que aprova a contratação, pela Região, de um financiamento, até ao montante de € 323.000.000,00. Nos termos previstos no Orçamento da Região para 2025, a contratação de 98 milhões de euros destinam-se a refinanciamento, 150 milhões a conversão da dívida comercial a financeira e 75 milhões para investimento.”

Isto significa que, em 2025, a divida, de acordo com o critério de maastricht – divida financeira – aumentará, pelo menos, 225M (150 + 75). No final de 2024, a divida da RAA (critério de Maastricht) de acordo com o BP STAT atingiu os 3.292M. Sendo assim, os 225M de aumento, que ocorrerão em 2025, correspondem a uma variação percentual superior a 6,8%. De acordo com o cenário macroeconómico do GRA (ver Decreto Legislativo Regional n.º 4/2025/A), em 2025, o Governo estima um crescimento do PIB nominal (denominador de rácio) de 5,2%.

Sendo o crescimento da divida (6,8) superior ao crescimento do PIB (5,2) não restam quaisquer duvidas de que o rácio da divida sobre o PIB degradar-se-á.

Ainda não chegámos ao final do 1º semestre, mas, nesta altura, o GRA “já anunciou” a deterioração do rácio da divida sobre o PIB. Em 2023, assistimos a uma ligeira melhoria deste rácio (muitíssimo modesta quando comparado com o que se passou na Républica e na Madeira) muito por via dum crescimento do PIB nominal, altamente influenciado pela taxa de inflação e pelos fundos PRR, e por um crescimento insustentável da divida comercial (que não conta para o rácio).

Foi sol de pouca dura!